seg, 3 de fevereiro de 2025

Variedades Digital | 01 e 02.02.25

O BRASIL É PRIVILEGIADO: TEMOS DUAS NOTRE-DAMES!

Buenas!

Eu queria estar aqui a falar de economia, do dólar disparatado como um néscio que fugiu do hospício, do auto-golpe-de-mim-mesmo malfadado na Coreia do Sul, do golpe bem sucedido na Síria depois de décadas de uma ditadura genocida e familiar, das tantas cirurgias na cabeça do Lula, do índice mais baixo da história do desemprego no país, dos juros mais altos da história do Banco Central, mas não, vou falar das nossas Notre-Dames.

Antes quero falar da Notre-Dame de Paris, que considero minha, de tanto que nela adentrei, é também de todo mundo – eu faço esta concessão. Ela foi reinaugurada agora, em dezembro, cinco anos depois do incêndio lesa-humanidade de abril de 2019. Eu não conseguia conter as lágrimas diante da destruição de monumento tão belo, tão significativo na história. Notre-Dame teve seus primeiros tijolos alicerçados em 1163, sofrendo algumas alterações ao longo dos tempos, foi concluída em 1300 e pouco. E sabiam que ela está em pé até os dias atuais por causa de um escritor?

Após a Revolução Francesa, em 1789, quase todas as igrejas foram tomadas pelo governo e transformadas em espaços laicos. Napoleão Bonaparte fez a sua parte quando se auto-coroou em seu interior, em 1805, fazendo uma leve restauração. Mesmo assim, no idos de 1820 estava abandonada. O que fizeram? Venderam seus tijolos para uma empresa de demolição, bastava colocá-la abaixo.

Victor Hugo lança em fascículos o livro: Notre-Dame de Paris, em 1831. Vocês lembram do livro pelo título da versão inglesa: O corcunda de Notre-Dame. O livro que surge no início do romantismo francês, carrega em si uma fleuma nacionalista, que dá à igreja um caráter histórico, que merece ser preservado. A campanha do escritor é tão vívida que a demolição é cancelada e a igreja torna-se um patrimônio nacional. Hoje, da humanidade!

Mas, para mim, ela tem um tem um algo a mais que sua história. Notre-Dame de Paris foi a primeira visão que tive na minha primeira viagem à Europa. Cheguei de noite, passei o primeiro e único perrengue de estadia – a atendente do hostel que eu reservei disse que eu não tinha reserva!

Não achavam meu mail e estavam lotados! Mon Dieu! Precisei procurar outro lugar, às dez da noite, noutro país, falando quase nada da língua local. Eles, ao menos, me ajudaram a encontrar um lugar e disseram para voltar no outro dia que teria vaga. Pela manhã, antes de voltar ao hostel, eu a vi! Lá estava ela, imponente, generosa, dominante, a minha Notre-Dame de Paris.

Nas outras tantas viagens que fiz para a capital francesa, mesmo que ficasse instalado longe do centro, fazia questão de passar todos os dias diante dela, mesmo que por caminhos diversos, adentrar seus corredores medievais, apreciar suas paredes escurecidas pelo tempo e pela poluição urbana.

A reforma precisou ser ampla, pois parte do telhado veio abaixo e, felizmente, conseguiram restaurar a contento. Como ela ficou cheia de fuligem do incêndio, realizaram uma limpeza geral, eliminando a fuligem histórica, que contribuia para o ambiente medieval que ela impunha desde a entrada.

É necessário aqui ressaltar a dedicação daqueles que ali trabalharam, do esforço absurdo do governo, e dos milhões de euros doados por endinheirados do mundo inteiro. Quase 1 bilhão de euros foram arrecadados, sobrou cento e tantos milhões. O que acontecerá com eles? Formaram um fundo para a manutenção do prédio, vejam vocês.

Não precisaram fazer nenhum aditivo para concluir a obra, como acontece com toda obra pública brasileira, não é mesmo? Qual será a diferença para tanto? Respeito ao que é público, só isso, respeito…

Mas eu disse que queria falar de nossas Notre-Dames, não é mesmo? Pois temos, e são duas! Caso não tenha ido ao cinema, vá! Não espere sair no streaming, assista na tela grande “Ainda estou aqui”, aprecie os silêncios representativos que só as Fernandas conseguem imprimir para entender porque falo em Notre-Dames.

Elas estão lá, na tela, representando o que de mais difícil vivenciamos na história recente de nosso país, a ditadura militar, a perseguição, as mortes. E o fazem de modo magistral! Não sou eu quem digo, são as indicações para prêmios como o Globo de Ouro do filme, dirigido por Walter Salles, e da atuação da Fernanda Torres para melhor atriz. 25 anos depois da Fernanda Montenegro, a filha também é indicada para um dos mais importantes prêmios do mundo.

Não sei vocês, mas eu sinto orgulho do trabalho destas duas, como se as conhecesse desde sempre, como se amigo fosse, de sentar num bar e beber, falar de cinema e literatura. Não esqueçam que a mãe foi nomeada imortal da Academia Brasileira de Letras e a filha tem vários bons livros publicados.

Em suma, Notre-Dame de Paris está de volta e eu como estou? Contando os dias (que serão longos) para visitá-la, para suspirar diante de suas paredes quase milenares, venerar suas colunas, admirar seus arcobotantes e contrafortes.

Enquanto as férias não vem, vou apreciar o trabalho das Fernandas, nossas primeiras-damas do teatro, as notre-dames da televisão e cinema brasileiro. Agora, do mundo!

Secretaria da Fazenda (Foto: Yuri Cardoso/AP)

Secretaria da Fazenda divulga sorteados no programa Nota Fiscal Gaúcha e Nota Fiscal Santanense

O Programa Nota Fiscal Gaúcha (NFG) é uma iniciativa do Estado do Rio Grande do Sul que incentiva a emissão de notas fiscais e a inclusão do CPF nos documentos. O objetivo é aumentar a arrecadação, fomentar a cidadania fiscal e a concorrência leal. O NFG oferece vantagens aos participantes, como: prêmios em dinheiro, repasses para entidades sociais indicadas pelos

Resumo de segunda-feira – 03/02/2025

    Edição de Chico Bruno   Manchetes dos jornais   Valor Econômico – Governo negocia Orçamento e medidas de Haddad com nova cúpula do Congresso   FOLHA DE S.PAULO – Gás demanda R$ 140 bi em investimentos e atrai grupos de capital privado   O GLOBO – Trump fala em ‘dor’ por tarifaço e deflagra guerra comercial   O

A tarefa do movimento Uniopcionalista

Ao falar de religião, não é possível fugir dos termos bíblicos, e é por isso que para falar de Uniopcionalismo, é necessário utilizar tal terminologia. O Uniopcionalismo é um movimento religioso de tipo evangélico, porém totalmente oposto a todos os movimentos religiosos famosos conhecidos, não acreditando na salvação de ninguém que pertença a eles, pois esses movimentos afirmam que a